sexta-feira, 19 de novembro de 2010

    


    

 Consulta das crianças

    Esse dia foi um dos mais legais pra mim. Eu adoro crianças e esse momento de contato com elas foi muito gratificante. Como foi um dia voltado especificamente para a consulta com as crianças achei que o posto ficou mais cheio de crianças do que de costume. Na verdade a idéia que eu tenho é que normalmente é bem variada a faixa etária dos pacientes.
    Creio que todos os alunos estavam ansiosos, mas infelizmente não vi todos participando das atividades. Eu pude participar e fiquei muito satisfeita. Nós acompanhamos junto com os internos as consultas e também nos foi permitido participar dela. 
   A ficha de atendimento era bem simples, no meu ponto de vista. Ela envolvia perguntas gerais como o estado da criança nos últimos dias, se a criança havia apresentado febre, algum resfriado, queixa de dores... Enfim, perguntas que pudessem relacionar algum quadro patológico da criança. E depois se fazia a pesagem e medição dessas crianças. Costumava ser bem rápida as consultas, porque as perguntas eram objeticas e envolviam respostas diretas como sim ou não. Além disso, haviam muitos alunos auxiliando, de maneira que um pesava, outro media e outro verificava a pressão arterial. A parte mais complicada era a de justamente verificar a P.A. Em crianças o som ouvido é bem mais suave, dificultando a precisão da aferição. A primeira que tentei foi bem complicada, até mesmo pelo fato que não estávamos dentro de uma sala fechada, mas na entrada do posto onde os barulhos se confundiam. Mas com o passar das tentativas creio que os meus ouvidos se acostumaram mais com o "novo" som e consegui verficar de maneira correta.
   Um outro ponto que era verificado nessas consultas era o cartão de vacinação das crianças, com a intenção de orientá-las para as possíveis necessidades, conforme seus cartões mostrassem. Pelo menos naquelas crianças que acompanhei não vi grandes problemas. 
  Aproveitando o contexto da saúde da criança acrescento essa notícia, que não é tão recente assim, mas foi publicada esse ano e, portanto, acredita-se que os dados sejam bem recentes. Achei interessante fazer essa ligação com a diminuição da mortalidade infantil no nosso país. Sem dúvidas é uma importante evolução e resultado de políticas de sáude mais voltadas para a criança. Acredito também que a maior conscientização dos pais também tem sido um fator determinante, visto que a propaganda do Ministério da Saúde a respeito da sáude da criança tem sido mais reforçada, principlamente a questão da vacinação. As campanhas de vacinação tem sido mais enfáticas e com isso mobilizado mais pessoas. 
   Outro fato que acho que tem sido importante é o crescimento indubitável que o nosso país tem sofrido nos últimos anos. Apesar de vários pontos ainda não terem apresentado progresso, no geral o desenvolvimento do país tem sido percebido e essa redução da mortalidade também não deixa de ser reflexo desse crescimento, pois são fatores que andam juntos, ou pelo menos na teoria deveria ser assim. 
   Os novos investimentos direcionados à área de saúde têm sido pontos essenciais e determinantes para esse resultado, como os dados mostrados abaixo na reportagem revelam:


30/07/2010 , às 13h42

Brasil mantém queda sustentada de mortalidade infantil


Entre 1990 e 2008, índice caiu 54%. Queda é mais acelerada entre bebês com mais de 28 dias de vida, mesma tendência observada em países desenvolvidos


O Ministério da Saúde alerta para possíveis erros de interpretação da manchete de hoje do jornal Folha de São Paulo (“Em 20 anos, sobe 39% proporção de mortes neonatais). Por isso, esclarece que:

1) A mortalidade infantil tem caído de forma sustentada e significativa em todas as faixas etárias até os 5 anos de idade.

2) Os índices vêm sendo reduzidos mais drasticamente na faixa entre 29 dias e 12 meses de idade. Por isso, é natural que a PROPORÇÃO de óbitos neonatais (ou seja, até 28 dias) tenha aumentado em relação ao todo.

3) Entre 1990 e 2008, A MORTALIDAE NEONATAL CAIU 36% (a quantidade de óbitos baixou de 46.893 para 29.881). No mesmo período, a mortalidade infantil geral (de zero até 12 meses de vida) teve redução de 54%: o número de mortes caiu de 95.476 para 43.601.

4) Ou seja: há uma mudança no perfil da mortalidade infantil no país. Esta é uma tendência observada em países desenvolvidos pois está relacionada à melhoria da saúde das crianças a partir de ações de prevenção a doenças por meio de vacinação, combate à desnutrição e diarréias agudas.

5) O Ministério da Saúde tem focado sua atuação para a redução da mortalidade neonatal por meio de medidas como:

• A ampliação do acesso ao pré-natal: em 2009, foram realizadas 19,4 milhões de consultas – um aumento de 125% em relação a 2003;
• O aumento do número de leitos de UTI neonatal: até o final do ano, 775 novos leitos se somarão aos atuais 7.307;
• O aumento das Equipes de Saúde da Família (4.731 equipes) atuando no Pacto para a Redução da Mortalidade Infantil, lançado em 2009 com o objetivo de reduzir em 5% ao ano as mortes de crianças, principalmente na Amazônia Legal e na região nordeste;
• A ampliação do investimento financeiro nos hospitais Amigo da Criança, na Rede Perinatal Norte Nordeste e nas capacitações para o “Método Canguru”;
• A qualificação de 7,5 mil médicos e quase 30 mil profissionais que atuam em maternidades, UTIs neonatais e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

6) No ritmo que vem reduzindo seus índices de mortalidade infantil, o Brasil atingirá, em 2012, a 4ª meta do Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – três anos antes da data-limite fixada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11571



    Flávia Gomes

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